Fábio Ricardo |
PORTO DA PEDRA CARNAVAL 2013
Presidente: Janice Prist
vice: Paulo
Santana
Enredo: "Me
diga o que calças e eu te direi quem és"
Carnavalesco: Fabio Ricardo
Pesquisa e sinopse: Leandro Vieira
No afã de saber quem tu
és, ofereço-te toda a sorte de calçado. E será tua escolha, entre este ou
aquele par, que revelará quem de fato és! Quero um carnaval onde a máscara vá
ao pé, e, ao invés de ocultar-te a identidade, ela te revele por inteiro!
Se for de
“tamancos” e dispensar o “sapatinho chinês” a este não
sobra dúvida, arrisco que seja português. Se for de “bicolor”
exerce malandragem. Se o “pé bota fé” no que é de couro, indago se
“o cabra” é do nordeste. Se apostar na “sapatilha” quem
sabe a moça é bailarina. Se calçar sandália de prata o palpite é certo:
capricho de mulata!
Seja lá como for, no
comando da folia o “tigre” anunciou: “Em ti, um há de servir
como fantasia! Calce e descalce até achar o seu!”
Quem sabe a
“sandália” que calçou o grego; ou o adorno de ouro e couro que
cobriu o pé do Faraó; talvez o “sapatinho com laço e salto” tal
qual gostava o Rei da França! Vem para folia, “seja com que pé
for!”
A mim não importa se é de
pobre ou de rainha! Quem quiser “veste o índio” e daí pode até o
“pé descalço.” Vamos Carlota, entra nessa! Larga o pé de Dom João.
Tu de sobrenome Joaquina, resolveu marcar bobeira? Lança mão no teu baú e calça
qualquer par, dos muitos que trouxeste de além-mar.
O surdo já marca o samba
e a fantasia já invade Fevereiro: o gato “calçou botas,” o príncipe
procura “quem perdeu o sapatinho” e o pé de Hermes já “ganhou
asas.” A pequena subiu na “plataforma” e já é notável! O
velho sacode a pança e comanda a massa: “sapato” de moça que calça
mais de quarenta, nunca esteve tão na moda! É o maior barato e faz ainda mais
sucesso!
Em noite de folia, faço o
que quiser! “Calço” a Porto da Pedra com poesia porque sei que o
sonho dá pé! Por fim, o Rio está sob as ordens do Rei! E vem de um velho samba
de embalo, o que declaro lei:
“(...)Esquecer a vida
Cair na Avenida
e se perder no povo(...)
Cair na Avenida
e se perder no povo(...)
“Sambar.... Até gastar o chinelo novo!”