O documentário Noitada de Samba, que teve consultoria dos atores Jorge Coutinho e Leonides Bayer, será exibido na mostra Premiere Brazil, no Museu de Arte Moderna (MoMa), em Nova Iorque. Na companhia da diretora do filme, Cély Leal, eles acompanham as sessões dias 17 e 19 de julho e depois conversam com os jornalistas.
Noitada de Samba tem depoimentos de muitos artistas que cantaram pela primeira vez na Zona Sul no projeto, criado na década de 1970 pelos amigos Jorge Coutinho e Leonides Bayer. Inicialmente o que seria um curta metragem reuniu tantas informações que se transformou no livro Noitada de Samba Foco de Resistência e também no filme homônimo.
Era 1971 e em plena ditadura militar o Teatro Opinião, em Copacabana, transformou-se no palco onde se apresentavam toda segunda-feira no projeto Noitada de Samba compositores e intérpretes vindos de morros e periferias.“É importante resgatar e registrar esse momento. Além dos shows antológicos, era ali que todos os considerados "subversivos" pela ditadura se encontravam”, lembra Jorge Coutinho.
Pelo palco do Opinião passaram artistas como Cartola, Ismael Silva, Clara Nunes, Lupicínio Rodrigues, Paulinho da Viola, Clara Nunes, Lupicínio Rodrigues, Riachão, Gonzaguinha, Antônio Candeira, Nelson Cavaquinho e tantos outros. O local tornou-se também ponto de encontro de intelectuais em geral.
A diretora do documentário, Cely Leal, hoje jornalista, começou a freqüentar o Teatro, na Rua Siqueira Campos 143, em 1978, e num dia substituiu a bilheteira que faltou para ajudar os produtores . Ficou nessa função por três anos e depois passou a integrar a equipe do Noitada.
Essa história é contada em relatos de músicos, jornalistas, cantores e intelectuais que viveram nesse celeiro da MPB. Ali surgiram nomes como Beth Carvalho, Alcione, D. Yvone Lara, Leci Brandão, Monarco, Paulinho da Viola, entre outros.
Na visão de Alcione, o espaço foi redentor. “O samba era tão discriminado que ser sambista ainda não era profissão”, conta, acrescentando que o evento ajudou a mudar esse olhar.
E D. Yvone Lara revela que conheceu a Europa por intermédio do Noitada. Assim como a dama do samba, muitos outros artistas fechavam contratos no local.
Confira trecho do documentário:
http://www.youtube.com/watch?v=gB9KiVvQStI&feature=youtu.be
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Olá, boa tarde! Faço parte da equipe Cidade Olímpica e gostaria de enviar sugestões de pauta ao blog. Como devem saber, o sambódromo do Rio está sendo reformado e este projeto faz parte da preparação para os Jogos Olímpicos de 2016.
ResponderExcluirPeço que se desejarem receber informações como esta, me escrevam para que possa incluí-los em nosso mailing: thaisy.chantal@casadigital.com
Att,
Thaisy Chantal